Céu risonho
A quietude é quase um sonho
O luar cai sobre a mata
Qual uma chuva de prata
De raríssimo esplendor
Só tu dormes
Não escutás
O teu cantor
Revelando à lua airosa
A história dolorosa deste amor
Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo
Canto, e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu
Lá no alto a lua esquiva
Está no céu tão pensativa
As estrelas tão serenas
Qual dilúvio de falena
Andam tontas ao luar
Todo astral ficou silente
A escutar
O teu nome entre as endeixas
As dolorosas queixas
Ao luar
Lua, manda tua luz prateada
Despertar a minha amada
Quero matar meus desejos
Sufocá-la com meus beijos
Canto
E a mulher que eu amo tanto
Não me escuta, está dormindo
Canto, e por fim
Nem a lua tem pena de mim
Pois ao ver que quem te chama sou eu
Entre a neblina se escondeu
*airosa(adj.):elegante, gentil, honroso
*endechas(s.f.): composição de 4 versos de 5 silabas; poesia fúnebre, muito triste; canção melancólica
*falena(s.f): borboleta noturna